Sunday, June 29, 2008
Friday, June 27, 2008
O horror da gola V até o umbigo...
Outro dia eu comecei a escrever um post sobre como a moda em Williamsburg era meio ridícula, mas acabei desecanando de gastar energia com isso e deletei mesmo. Entre outras bizarrices, o que mais me incomodava nos descolados das redondezas era a tal "deep V neck", que é um uniforme, todos os caras usam. É uma epidemia aqui; é tipo aqla camiseta gola V velha, daqulas que não servem nem pra dormir porque, pura e simplesmente, até nessa hora ela pega mal pra tua reputação.
Com a mesma opinião em mente, a Radar fez este texto engraçadíssimo sobre porque diabos essa moda pegou por aqui!
Com a mesma opinião em mente, a Radar fez este texto engraçadíssimo sobre porque diabos essa moda pegou por aqui!
Wednesday, June 25, 2008
Latineras...
Quando eu tava prestes a vir pra cá, eu e o Oscarito ficamos ensaiando pra fazer um programa de latineras no podcast dele. Claro, como sempre deixei tanto pra última hora que não rolou...
Mas o "minino", muito mais pró-ativo que eu, fez a seleção dele e botou no ar. Arrasta a cadeira pra lá e suinga, suinga, suingaaaaa!!!
Mas o "minino", muito mais pró-ativo que eu, fez a seleção dele e botou no ar. Arrasta a cadeira pra lá e suinga, suinga, suingaaaaa!!!
O FIM ESTÁ PRÓXIMO!!!
From Silk Screen P... |
Afe, Maria, saiu finalmente... Ainda tem mais uma serizinha com o texto em azulão mas fica pra outro dia, já to chapado de studio por agora... foda é que por causa da cicatriz não posso ir ao parque, se eu tomar sol nela aí que vai ficar bizarro!... mas fazer o que, acho que vai ter que ser o Metropolitan mesmo (FINESSSE!)
Monday, June 23, 2008
você printa como eu printo?
Desculpa aí, não resisti.
Hoje passei o dia inteiro tentando terminar as prints do poster que eu mandei pra vcs verem ontem. Entrei no studio umas 15h30 e saí 21h30, na hora que fecha. Estou moído! Mas estou começaaaaando a pegar a manha e muito satisfeito com isso. Consegui dar uma adiantada legal, digam o que vocês acham dessas cores. Amanhã volto pra termirar estes, imprimir em algumas outras versões de cores (provavelmente um azulão) e tentar queimar a última tela, do texto e imprimi-la. E partir para outro projeto, já estou cansado desta imagem. Vou colocar algumas fotos que fiz hoje. A primeira foto é da camada de baixo, a cidade, secando no drying rack. As outras são a camada dos maninhos já aplicados.
Vou criar um album no Picasa com outras fotos legendadas pra vocês sacarem mais um pouco do curso. Achei chato colocar tudo aqui no blog, é foto demais. Quem quiser ver clica AQUI!
Você pediu, EU TOOOOOCO!
Pedrão pediu o Hit the Floor, discão do Breakestra que eu sacaneei dizendo que era a trilha do meu capote na escada alguns posts abaixo. Pra quem também não conhece, funkeira de primeira; ta na mão. É só baixar...
Saturday, June 21, 2008
"The Avant Gardener"
Eu queria muito que este título fosse meu. Não o título de "avant gardener" – embora todos saibam que meu sonho é ganhar a vida como jardineiro. Estou falando do título da nota mesmo. É da edição de hoje da New York Times Magazine para uma matéria sobre um tal de Daniel Ost, que se auto-entitula "designer floral e escultor".
Bichice? Talvez. Mas ele é muito bom, aí é que está o ponto. Com uma criatividade e senso estético absurdos ele estica a fronteira do trabalho do paisagista, do jardineiro e do florista para obra de arte. OK, alguém aí gritou Burle Marx? Eu sei, mas ele vai em outra direção, vejam só. Aí acima eu pus alguns dos trabalhos dele, que se parecem muito mais com instalação e escultura. No site dele e na própria matéria tem outros exemplos impressionantes do que ele consegue fazer com pura e simplesmente "plantas".
A primeira impressão você
(também) nunca esquce
Não estou falando da impressão que o lugar causou de novo, não. Estou falando do curso de silk. Na realidade esta não é a impressão em sí, que eu prometo postar na semana que vem (ainda não tenho pronta, ta no processo final...) mas vai aí a arte só para vocês sacarem... a idéia é um poster de rua "teaser" pra uma festa fictícia. Cris vai me detonar por esta aspa, mas é muito mais fácil escrever em inglês... Imagina isto em português, que merda que ia ficar! As cores ainda podem mudar (este é o divertido do silk screen) mas não decidi ainda... Opinem, sempre! E quem quiser, prometo uma cópia.
Tudo pelo melhor hamburger
do mundo!...parte 2
Friday, June 20, 2008
O primeiro Cosmo você nunca esquece...
Na verdade, eu não sei. Este aí é o primeiro Cosmopolitan da Leca, que veio sonhando com ele o caminho todo que fizemos da Union Square até o Chelsea – em vão! Em vão porque iamos fazer os culturetes nas galerias da vizinhanças, mas não achamos uma aberta. Mas voltando ao Cosmo, para os íntimos (ou melhor, as íntimas), esta foto foi feita instantes antes dela prová-lo de verdade. Eu experimentei e achei bom, mas as meninas acham melhor, acredito.
Thursday, June 19, 2008
Friends for life
Fui fazer uma horinha enquanto o show do Sugarman 3 não começava, do lado de Stuyvesant, num grill q servia cerveja de jarra e porções de asa de frango a 50 cents a unidade. No meio da minha primeira pint a chuva, a maldita, chegou. Não ia ter jeito, o show era num parque. Decidi que o melhor era pedir uma porção de lula frita e outra pint, e esperar.
Quando a chuva parou, corri até o lugar, eles ainda tocavam Baby, I love you, da Aretha. Tinha criança pra todo lado, eram os que mais se divertiam, dançavam com bambolês e corriam sem freios. Fiquei fotografando elas e a banda, mas quando me dei conta, o show acabou. As pessoas pediram mais uma; nada. Ensaiei uma vaia com os outros, e um cara que tava do lado falou que eles não iam tocar mais mesmo, o lance era o horário. Lamentei e ele perguntou pra onde eu fotografava. Disse que aquelas fotos seriam pra mim mesmo, mas se tivesse ficado legal e eu tivesse visto o show inteiro poderia ilustrar um texto pra Radiola. Ele se apresentou, Jarad, me deu um cartão e um cd e disse que tinha um selo só de boogaloo e era tecladista também. Perguntou se eu queria conhecer a banda. "Claro!"
Três minutos depois eu estava no camarim, cerveja boa de graça, ping pong, uns 10 tipos de sanduiches e boogaloo, lógico. Eu estava no céu, era metade do DapKings, Budos Band, os filhos deles correndo entre nós, galera muito tranquila e divertida. O tal do Jarad era uma figura. Eu me perguntava o que eu tava fazendo com ele ali. O cara é um brutamontes de 1,90m, que insistia em me chamar de Vintch, (ele achava mais sonoro), tecladista de uns shows burlescos e alimenta animais no zoológico do Brooklyn pra pagar as contas (mostrou umas 10 vezes a mordida que uma piton de 20 pés tinha dado na mão dele semana passada). Pelo que eu entendia ele tinha ido com a minha cara por eu ser brasileiro e ele praticar jiu-jitsu desde os 10 anos de idade. Falamos da beleza das artes marciais, que desembocou na capoeira e ele comentava eufórico que a hulla havaiana era a mesma coisa: arte marcial travestida de dança. As conversas eram surreiais like this.
Aos poucos todos vão indo e perguntei pro Jarad se ele queria ir no Nublu, onde eu tinha marcado com outros amigos. Ele topou na hora. Fomos pela 14th st, falando da mulher brasileira (ele já foi para Sampa a trabalho) e de como ele era feliz com a mulher e como isso é uma coisa difícil de se conseguir. Ele mostrava as fotos da filhinha e da esposa no celular enquanto contava que ela também toca na banda, é flautista. Eu pensava na Cheli, lembrei que naquela noite sonhei que a gente se casava ao som de I believe (when I fall in love) it will be forever, com o Zezinho entrando na igreja de terno branco. Ri sozinho. Fui aos poucos percebendo que a gente tinha muita coisa em comum.
Chegamos na estação na hora que o trem estava rosnando pelo túnel e por isso nos apressamos. Quando comecei a pegar embalo, meio trotando nos degraus curtinhos de quina de ferro, inexplicavelmente meu tenis travou na barra da calça molhada da chuva, perdi o passo e acabei escorregando com o outro pé, também molhado... voei!... Eu lembro de pensar: "uhm, acho que eu vou me sujar muito...", a escada estava toda molhada... tentei amortecer com as duas mãos; foi aí que eu percebi que eu estava rápido e não ia conseguir evitar: fui de testa na quina do degrau. Senti a pancada e ri, quão ridícula era a situação. Jarad veio me acudir, falou "man, do'u wanna open another tunnel down there?!". Quando levantei, vi pela cara dele e o "wait, wait, sit down, calm" embargado que era sério. Sentei, tudo girava, um desconhecido me deu um guardanapo. Agradeci, mas não sabia pra que era aquilo. Até que sinto algo escorrendo pelo meu pescoço e que estava tonto. Jarad falava comigo o tempo todo, tentando me manter acordado. Usei o guardanapo e ele veio inteiro vermelho. Quando Jarad percebeu o que tinha acontecido realmente, conforme fui me limpando, me levantou apressado e falou que ia me levar pro Brooklyn, onde os hospitais eram melhores – o pai dele é médico, de hospital ele manjava. Disse que tinha a grana certinha do taxi; respondi que também tinha, que não precisava se preocupar.
No taxi eu estava realmente passando mal, prestes a desmaiar, e com muito medo. Não sabia se ele ia me largar no hospital e ir embora – o que já seria legal da parte dele – mas eu tinha medo de não conseguir falar inglês, eu estava lesado. Mas como se ele lesse meu pensamento disse que não faria isso, que estava me levando no hospital que ele levaria a filha dele se rolasse uma merda. "Thank you, man! Friends for life!" eu disse. Ele sorriu, "Friends for life!"
No hospital tudo parecia deserto, como se estivesse fechado. Jarad ficou puto, "caralho, e se fosse algo mais grave?", ele berrava e socava a porta de vidro. Um senhor vem pela rua vazia, de bengala, diz que a entrada de emergencia era do outro lado (contrariando as placas).
Manquei por uma rua longa até a devida entrada – alguma coisa aconteceu com meu joelho esquerdo também. Na recepção eu percebi o tamanho da encrenca. Não tinha praticamente ninguém, 2 pessoas na minha frente, mas foi o suficiente pra esperar meia hora... Sou atendido e digo que sou brasileiro, sem seguro nem nada, outra novela... Jarad toma a frente e bate boca, diz que eu preciso ser atendido, que era simples mas poderia virar sério se me omitissem socorro – afinal, eu bati a cabeça. Ninguém dava a mínima atenção. Só me pediam para aguardar. Eu comecei a ter medo de verdade, tinha batido a cabeça! Pensava na Cheli, pensava na Aninha, no Guga, nas minhas irmãs; na minha mãe e no meu pai; no quanto o Thiago me falou pra fazer um seguro saúde; nos meus amigos todos, em quão perto eu tava de rolar uma merda grande longe das pessoas que eu amo. Passaram-se 3 longas horas dessa paranóia e assistindo Friends na tv – nunca vi tão pouca graça no Friends – até que Jarad se irritou de verdade e entrou pelo hospital batendo boca com todo mundo, mencionando até o juramento de Hipocrates! A cada pessoa nova que ele explicava o caso, voltava e me perguntava "How is your sirname again? Paraira?" "PE-RRRE-E-RRRA".
Não sei se foi isso, mas em menos de 10 minutos me atenderam. Entrei numa sala com gente saindo pelo ladrão, pessoas sendo atendida no corredor (alguém já ouviu falar disso?)... Vem um residente chinês, Lynn, e o diretor do hospital – Dr. Faizz, um indiano – ver o q tinha me acontecido. A cara do diretor não era boa... e a do residente, então?! Ele estava tenso! Dr. Faizz me mandou fazer um raio X, antes de mais nada. Jarad estava o tempo todo comigo, pra cima e pra baixo, com 2 mochilas nas costas. Sempre que eu olhava pra ele, claramente amedrontado, ele gesticulava com os lábios "It's OK, everything will be fine". Sentei numa cadeira entre duas macas. Numa delas uma senhora pedia desesperadamente por um sanduíche; na outra um senhor gemia por trás da máscara de ar. Dr. Lynn volta com o raio X, diz que não houve nada, que era só o corte mesmo, e que ia ter que fazer uma pequena plástica, pois tinha sido fundo. Perguntou as coisas de praxe, sobre anestesia e se eu tinha alguma doença, tal, eu neguei tudo e ele começou o processo alí mesmo, na cadeira. Quando ele começou a limpar o ferimento eu percebi o quanto doía. Mordi meu dedo tão forte para não gritar que tenho marca até agora, acho que vai ser outra cicatriz. E segue-se a anestesia, e tudo vai ficando melhor, só o medo era grande ainda. Eu tinha medo da conta, inclusive.
Nesse meio tempo percebi que o Jarad tava falando exatamente disso com o diretor, e escutei ele dizer que eu não devia pagar nada, que eu estava sendo atendido no corredor por um residente. Nisso a porta se fechou, não ouvi o resto da conversa.
O processo todo termina, contabilizando 15 pontos, alguns internos (nunca sei o que isso quer dizer direito). Sinto uma dor de cabeça dilacerante. Jarad volta, o Dr. Lynn pergunta de onde a gente se conhece. Ele responde que nos conhecemos faz 3... anos. Somos "surf buddies", ele diz e pisca pra mim. Dr. Lynn também surfa, é de "Cali"(fornia), não vê a hora de voltar pra casa, odeia New York. Dalí duas semanas, sentencia com alívio. Jarad olha o curativo, elogia, diz que ele realmente é bom. Eu vejo no espelho, parece que Dr. Lynn manja mesmo. Mas provavelmente não fará mais "sewing ups" dalí duas semanas, ele diz. "Agora que você está bom?", brinca o Jarad.
Saimos do corredor para a recepção; o diretor meio puto praticamente manda a gente ir embora. Jarad agradece e diz que ele era no fundo um bom homem. Percebo que eles estão falando da grana. Quando a porta se fecha atrás da gente, Jarad diz que eles queriam "nos" cobrar 400 dolares por ter sido uma "pequena cirurgia", e ele se revoltou. Fiquei muito impressionado com a história toda, a generozidade do Jarad com um estranho. Abracei ele e disse que ele era um cara sensacional, que eu queria poder retribuir aquilo, que ia rezar pra um dia (Deus queira não acontecesse) se rolasse algo assim com ele, alguém fosse generoso daquela mesma forma. Ele bateu no meu ombro e disse "Come on, buddy, friends for life!"
Monday, June 16, 2008
Tudo pelo melhor hamburger do mundo!...
Essa é velha, mas a Cheli tava pedindo por fotos e essa estava na manga.
Eu e o Chico tivemos a manha de cruzar 5 quarteirões numa chuva torrencial para prestigiar o PJ Clarks. Sente o estado que os caras chegaram (só tenho a foto do Chico. Ele tem a minha. Chico, mandae pra eu publicar e nós ficarmos quites pela comedinha)
Mas, Chico pode confirmar, valeu muito a pena. Eu nunca subdividí tanto uma última mordida de hamburguer na minha vida, tentando fazê-lo durar pra sempre! Bom pra CARRROMBA!
Wednesday, June 11, 2008
Ah, pra quem não conhece...
Esqueci de fazer o serviço social! Pra quem não conhece a Budos Band...
http://www.myspace.com/budosband
E só pra deixar um gostinho na boca...
Pena que não consegui filmar... :(
Esta primeira abaixo é a introdução do show dos caras! SENTE O DRAMA!
Duvido q vc consiga assistir parado! Foda é que tem só um pedacinho...
http://www.myspace.com/budosband
E só pra deixar um gostinho na boca...
Pena que não consegui filmar... :(
Esta primeira abaixo é a introdução do show dos caras! SENTE O DRAMA!
Duvido q vc consiga assistir parado! Foda é que tem só um pedacinho...
Budos Band at Rocks Off Cruise – June, 10
"É impressionante, sempre que a gente toca cai uma tempestade, como se a gente chamasse a chuva!" disse Rob Lombardo, um dos percussionista da Budos Band. "Acho que vocês estão batendo nas congas com muita força", eu respondi, e disse que achava pouco provável que naquela noite isso fosse se repetir. Ele balançou a cabeça, descrente, disse um "vamos ver" de quem duvidava.
O clima estava perfeito para um passeio de barco pelo East River. O calor abafado novaiorquino era equilibrado pela brisa do rio. Só o passeio noturno, que tinha no itinerário as pontes de Williamsburg, Manhattan, Brooklyn, e uma passadinha pela Estátua da Liberdade (sem dizer o skyline delirante de NY), já seria um programa bacana. Mas os caras, num surto de crueldade, decidiram colocar a Budos Band para tocar durante este trajeto.
As 21h00 pontualmente toca a trombeta do Half-Moon anunciando a partida e todos celebram. Pouco depois de sairmos do cais, os músico já tomavam seus lugares. Uma introdução que já deixou o Half Moon chacoalhando junto mostrou a que o Budos tinha vindo. Um show tomado de climas impressionantemente visuais, como trilha sonora de um filme blaxploitation imaginário rodado no deserto do Sahara, tocados com uma fúria tamanha que a profecia se concretizou: no meio de "Cairo", uma das inéditas do show, vem uma tempestade não se sabe de onde (!!!) que lava parte da bateria e dos percussionistas. Mas eles não se abalam nem param. O público vai ao êxtase antes mesmo do show começar propriamente!
Aí se seguem "Scorpion" e "Mas o Menos" e o público já esta totalmente ganho. Os solos são contagiantes, não tem um ser parado no barco – mesmo porque nem o barco fica parado! Músicas do primeiro e do segundo discos são intercaladas com inéditas que anunciam um outro ótimo disco da Budos. Jared Tankel, sax barítono e condutor da banda comenta que pelo visto as pessoas aprovavam as músicas novas, o que é respondido pelo público com entusiasmo. E eles descem mais a mão, com "Eastbound", do primeiro disco.
Um pequeno break deixa todo mundo se olhando, alguns se perguntam "vc viu isso?" como se presenciassem uma visita alienígena. Tem um clima de momento único no ar, realmente!
Acordes de guitarra anunciam que eles estão a postos novamente. Todos que estão no andar de baixo do barco se apressam, ninguém quer perder nada. Teclado e guitarra fazem uma introdução arrastada de "The Volcano Song" seguida pelo afoxé de Rob, esperando os outros músicos se posicionarem... explodem os sopros e o clima é retomado de onde parou, como se o break não tivesse acontecido. Sem dar tempo de ninguém pensar demais, "Ride or Die" vem derrubando a porta, bem no instante que passamos sob a ponte de Manhattan. Todo mundo delira, grita, inclusive os músicos. Ao fim da música, Jared fala "Queria agradecer vocês por terem ficado para nossa segunda entrada..." e todos riem, já que nem teriamos muita opção. Mas garanto que mesmo se tivessemos, ninguém arredaria o pé dalí. Enquanto todos comentam a piada, "King Kobra" começa, fazendo a trilha para a vista da ponte que passa e o skyline. É indescritível a mistura.
Duas outras inédita devolvem o clima de festão, mas Jared ainda não está satisfeito. "Acho que já é hora de tocarmos um hit". Thomas Brenneck (também guitarrista dos DapKings), começa a tocar "My Girl" do Temptations, que vai se transformando em "His Girl", essa da Budos Band.
Enquanto eles tocam outras inéditas, a Estátua da Liberdade vai passando e, coitada, o show está tão mais interessante que pouca gente parece se importar com ela.
A última música é anunciada, sob protestos. Eles rebatem, "po, foram 2h20 de show!". Caramba, foram mesmo! Parecia menos de 1 hora! "Up from the South" é celebrada até a última gota, todos sabem que terão de levá-la pra casa. Os músicos não fazem por menos e tratam-na com carinho, se esmerando nos solos, culminando num final triunfante. Todos aplaudem extasiados, agradecem muito. Eles retribuem e dizem que tiveram uma noite inesquecível.
Segue uma fila para a saída; um cara e a namorada me perguntam de onde eu sou. Respondo e eles perguntam se eu achei tudo o que eles acharam do show. É claro que eu confirmo, mas eles achavam que como temos carnaval isso seria algo muito "branco" pra gente (vai entender). É realmente intrigante não ter nem um negro na Budos Band, mas acho que isso não significa nada. Eles também se espantam de saber que eu conhecia a banda já no Brasil, se aqui mesmo eles ainda são obscuros (de certa forma). Um outro cara se apresenta, Oyebade, diz que é "ethnomusicologist" (caceta!) nigeriano, estava morando na América, estudava a herança de Fela e o Afrobeat e achou interessante as pessoas conhecessem afrobeat no Brasil. Eu disse que não era bem assim, que a gente se esforçava para divulgar mas ainda era pouca gente que dava o devido valor. Seguimos juntos em direção ao metrô, falando disso, e de como o Fela ainda tinha muito a dar e ser divulgado.
Antes de chegarmos na estação da 6th ave com a 23th, uma barreira policial. Nos perguntamos o que seria; "It's New York", Oyebade resume. No despedimos e fomos cada um pra um lado pegar seus trens em outras estações. Curioso que sou, voltei até um cara que contava pra todo mundo o que vira. "Choveu tanto e tão forte que um galho caiu em cima de um taxi que passava na rua!". Ele contava a história entusiasmado, como se fosse a única testemunha de um fato histórico e que sua função era espalha-lo. Eu ri, acho que sei mais ou menos como ele se sentia. Eu passei pela mesma coisa nesta noite. E acho até que sei o que causou esta chuva toda...
Saturday, June 7, 2008
essa é a minha NYC!
Hj de manhã fiz um videozinho do loft que eu to dividindo... Dá pra ver os quadros do Bankolé e a parafernália do John Jay, e sacar mais ou menos como é o espaço. Ah, vai, é legalzinho!?!!
Rooftop Films
A idéia é muito simples: passar filmes que você provavelmente nunca assistiria (pela dificuldade de acesso, não pela falta de qualidade) no topo de um prédio. A abertura, ontem, foi no roof de uma escola de artes na Grand st, Lower East Side. Só o lugar já era de tirar o fôlego de qualquer desandado. Um roof totalmente grafitado e com quadras de basquete e rampas de skate por todo lado, uma locação perfeita pra qualquer coisa. E dois telões passando os filmes. 9 dólares te dava direito a entrada e depois a uma festa openbar numa rua do lado. Perfeito, não?! Mais infos aqui: www.rooftopfilms.com, pois são em lugares diferentes cada semana.
Separei esse aqui dos que passaram pra vocês terem uma idéia. O roteiro foi feito em uma oficina, em conjunto com as crianças. Pensei muito na Luba e na Tita – mesmo as crianças do filme sendo mais nova que as duas. É impressionante a delicadeza do humor e a simplicidade do roteiro.
I Get Wet
Separei esse aqui dos que passaram pra vocês terem uma idéia. O roteiro foi feito em uma oficina, em conjunto com as crianças. Pensei muito na Luba e na Tita – mesmo as crianças do filme sendo mais nova que as duas. É impressionante a delicadeza do humor e a simplicidade do roteiro.
I Get Wet
Wednesday, June 4, 2008
No início, era a merda...
Este é um post maleta, mas que eu precisava escrever pra exorcisar. Quem não tiver saco pode pular mesmo, eu mesmo acho um pé no saco. Mas publiquei pq tb fiquei de dizer o q tinha me acontecido, então tá aí!...
Eu já tive péssimas primeiras impressões, mas as que NYC me causou, caralho, foi um filé de fígado de gambá bêbado!
Eu já tive péssimas primeiras impressões, mas as que NYC me causou, caralho, foi um filé de fígado de gambá bêbado!
Depois de uma viagem de 10 horas ao lado de um cara que eu fiz a besteira de puxar um papo rápido (Mr. TALKATIVEEEE!) e emendou 8h30 das 10h falando do incrível trabalho que ele desenvolvia na área de enriquecimento nutricional de ração animal (é sério! E no começo até tava interessante, mas depois da 5ª hora, puta merda, eu tava quase perguntando pra aeromoça onde era o eject!), chego finalmente em solo americano. Eu sei que é um puta deslumbre, mas digam aí, vcs que já vieram, se nunca acharam estranhamente interessante olhar a terra do Tio lá de cima e constatar que os telhados são tão perfeitinhos que realmente parece uma maquete? Fiquei feliz com essa bobeira, sério. O comandante já tinha falado antes que estavamos adiantados em 20 minutos do previsto (sei lá que atalho na malha aérea que o cara pegou!) mas só quando chegamos mesmo é que ele disse que isso não era necessariamente bom, já que teriamos de esperar a imigração abrir os trabalhos DENTRO DO AVIÃO! Isso significou 40 minutos... e o Mr. Enriched with Vitamins queria me dar dicas de lugares incríveis pra ir, tipo o Empire State Building... Abrem se as porteiras. Naquela nóia de currais e oficiais irritados logo cedo (talvez por isso mesmo) vamos todos parar numa mesmo saguão (que qm já veio tb conhece bem!) junto com nada menos que UM VÔO DE TELAVIV!!! Que beleza, imagina o estado de espírito dos agentes? 6h? E lá vamos, na fila... depois de mais ou menos meia hora chega minha vez. O cara, eu já tinha filmado, era o mais maleta de todos, do tipo mano que pulou a cerca pro lado dos cops... que saco... e pergunta, pergunta, pergunta, 20 minutos pra explicar que eu vinha fazer uns cursos de verão. Só. A mesma coisas dita de 100 maneiras. E prova, e diz q tenho grana, e que tenho trabalho no Brasil, e blablabla... Ele mesmo se cansou e falou, "O-K", lacônico, e carimbou. Nossa, eu não acreditei, até q foi bem! Imaginei q dali não sairia antes do almoço! Quase saí correndo! Fui direto pegar um taxi. Queria dormir, ainda escutava a voz do cara das rações ecoando na minha mente!
Quando vou pra uma fila de taxis estacionados, um cara de uns 2 metros e um turbante branco praticamente salta na minha frente dizendo "TAXI, TAXI", eu disse sim, but... e o cara arrancou a alça da mala da minha mão e saiu com passos rápidos indo na direção oposta a fila de taxis! Fiquei sem entender nada! Gritei HEI!, e ele continuou... Apertei o passo falando mais alto e, como q saidos do chão, aparecem 2 cops que literalmente saltaram sobre ele!! Caras, foi tipo filme! Nisso outro (bem cara de cop mesmo) já chegou me fazendo perguntas, quem eu era, o q eu estava fazendo na América, quanto ele ia me cobrar a corrida... e eu não tava entendendo porra nenhuma. Até tava entendendo, mas qria era ir embora! Mas não, nisso vem outro cop, esse já com cara de mal e pergunta tudo de novo, com detalhes. Mas gente, que detalhes? Durou menos de meio minuto! Mas não, isso levou mais meia hora, qriam saber se eu deporia contra o cara, e bláblabal... saco....
Passado isso, desisti dos taxistas e peguei o trem. Ah, o trem até que relax, embora pareça incrivelmente com o da estação da lapa.... mas fui e cheguei por fim no albergue...
Puta queu pariu, qndo eu toco a campainha, aparece um cara de 3 metros (!!), cabelo ensebado liso loiro, sotaque australiano embebido em Budweiser (e que bafo!) "Whaszup, dud? Ar yu oait?" Eu, disse "not bad" e que tinha uma reserva praquele dia. Ele bateu na testa como se tivesse esquecido algo, coçou aqula cabeleira nojenta e disse que tava bebaço (meu DEUS, eram umas 8h, se muito!!!) e que tinha que falar com o Mikhail mas que ele devia estar dormindo. Eu pensei, caralho, e eu que achei que o único defeito do "After hours" do Scorcese era ser iverosímel demais, ia ter mesmo que engolir aquele sapo... mais 40 minutos lá, eu e o Sasquatch albino, esperando o Gorbatchev... Eis que aparece e tava muito mais pra Baryshnikov, a biba, puta da vida, dizendo que o check in era as 11h (thanks for telling me!!) e que eu teria de esperar pq tinha outro cara no lugar que eu ia ocupar... PUTAQUEU PARIU.... deixei minhas malas lá e fui pra Manhattan, tentar tomar uma café...
Agora, sério, eu quis arrancar com mindinho do meu pé esquerdo o olho do filho da puta que chamou NY de "A Cidade Que Nunca Dorme"! Ah, mas dorme! Domingo de manhã não tinha um puto na rua, só os gangstas! Nunca passei tanto cagaço na vida, nem na Lapa de Baixo!
Breakfast, então, esqce! Bom, escolhi uma estação a revelia e pensei "há de ter um starbucks por perto!" E claro que tinha, do outro lado da rua! Fechado. Ando mais uns 8 quarteirões até sair no East River... Lindo, tal, mas e o café??? volto tudo... ando, ando, até que acho um Starbucks aberto! EHH! A redenção! "A tall caffee late and a bagel please...?" Eu tava sonhando com um bagel quando, caralho, parece brincadeira, mas o bagel veio GELADO! Não frio, GELADO, tirado da geladeira! Ah, mano, eu tava qrendo matar um, putaqueu pariu!!! E, pasme (qm nunca viu isso) é assim q é, todo dia, é assim que eles servem! PARABÉNS!!! Sem dizer a água suja que eles chamam de café, caralho!
Já pelo café percebi que vai durar um tempão pra eu me acostumar com este lugar... fuck...
Já pelo café percebi que vai durar um tempão pra eu me acostumar com este lugar... fuck...
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