Friday, July 18, 2008

Fela da P...

Estes estao bem melhores que o meu vídeo (acho q o cara tava mais sóbrio!!). Só pra dar uma base do que é o som desse filho de um Fela! E do delírio da massa, também!!

Nomo is not for sissies!


E sábado teve show do Nomo no Zebulon.

Zebulon por sí só merecia um texto a parte, se eu não fosse tão preguiçoso: é um bar minúsculo para ter música ao vivo, mas eles botam bandas foda pra tocar todo fim de semana; e de graça!!

Abrindo esta noite tinha um sul africano chamado Sid Kitchen, um misto bizarro de Nick Drake, Tom Waits, Cat Stevens e Ali Farka Touré, nascido na África... que descreve a própria música com afro-saxon. O show era uma divulgação de um documentário sobre ele chamado Africa is not for sissies (ao pé da letra, "Africa não é para mariquinhas"). Interessante, digamos assim...

Acabou o show, os caras foram desligando tudo... eu estranhava, eles ainda iam montar o equipamento para o Nomo começar a tocar, sem passagem de som nem nada? Já eram 9h45, o show era as 10h... 9h50 a banda aparece!... Começam calmamente a montar AS DUAS BATERAS, posicionar os microfones para o naipe se sopro, teclado... era muita parafernália. Já sofria por antecedência esperando eles passarem o som na nossa frente, ia ser um saco, o lugar é um ovo... "1,2,3,4" PAAAAAAMMMM, o sopro toca onissono, assustam a metade do lugar, mas já começam a tocar!!! Eles tocam uma "songcheck" como batizou o John J (q tava comigo), usam essa música para acertar os volumes e o show já começou.

O show dos caras é incrível, e de um punch de transtornar! Quando o show engrenou (e o som estava equalizadinho, lá pela 3 música), até as cadeiras dançavam sozinhas! Só a baixista já vale o show, tanto pela pegada paulada na moleira do seu balanço como a performance. Ela é meio andrógena, primeiro a gente até achou que era um cara mas tinha algo estranho, era meio peitudo; não, era uma mina, mesmo. Vejam no vídeo acima o que eu to falando...

Tentei gravar mas o som é tão alto que a câmera não suportou, o som ficou totalmente distorcido... Vejam no youtube, acho que mais gente já teve problemas com o show deles (nenhum tem o som muito bom, fora este que linkei acima, que é "razoável").

Não vou me estender muito, não tenho muito o que falar, fora que o show é de deixar todos de queixo caído. Decididamente não é show para sissies!

O dia em que o Irã descobriu como usar o Photoshop...

Imagina quando eles descobrirem o Powerpoint, então!!!
Pra quem não sabe do que estou falando, leiam isto antes.
Já sabendo do que estamos falando, veja este vídeo...
Vai, não tenha preguiça, você vai dar boas risadas!!!

The Burg


Adriano deu uma dica preciosa aqui num coment: o seriado online The Burg. Se passa na já citada Williamsburg que, pobrezinha, já foi um lugar ótimo pra se viver! Mas agora, tomada pelos hipsters, a coisa é outra...

I'm back and proud!

OPA! Po, desculpa a ausência... os últimos 10 dias foram surreais por aqui, de bom e de ruim, mas aos pouco eu vou atualizando vcs...

Pra começar, vamos retomar a conversa aí de baixo.
Esta foi o show do SummerStage, no Central Park– sensacional, diga-se de passagem – de Seun Kuti, filho o ilustríssimo Fela, pra quem não tomou café ainda. Foi lindo: solzão mas não insuportável, muita gente, criança pra caramba, e todo mundo dançando. Eu fz um vídeo, mas ficou muito ruim, o som também uma merda, queria mostrar q não tinha UM SER PARADO no lugar todo... mas não deu muito certo... desisti...

Antes, na foto do menino moicano, é o Bambaataa, q fez o esquenta. Saudades da época que sempre tinha show na praça da Paz, no Ibira...

Esses caras na foto são o Mike (de boné) e o John J (que aparece de novo comigo na foto). John J mora comigo, ainda vou escrever um perfil detalhado de cada um dos caras q moram aqui no loft do Big Brother – Bankolé (o outro roommate) sempre fala q vivemos num BB sem câmeras aqui, tão surreal que é...

Só quria contar uma coisa engraçada que aconteceu neste show. Esta camiseta ae (ALO, TATIIII!) me rendeu desde baseado a comida de graça!!!! As pessoas – que entendiam o que era Kalakuta – ficavam loucas com a sutileza, (pelo fato de não ser pura e simplesmente UMA CAMISETA DO FELA na cabeça deles), me cumprimentavam e ofereciam o que tivessem na mão! Mas eis que, eu indo embora, todo feliz, vem de bike na direção contrária um cara que era um cruzamento do Jerry Garcia com o Big Lebowski (se isso não for um pleonasmo). Eu já com medo que ele fosse me atropelar (he was BIIIG!!), olhando pra mim meio balançando a cabeça, como quem tenta botar os olhos em foco. De repente deu um click e ele gritou "Fuck'n hell, u gotta Kalakuta tshirt!" e freiou na minha frente! Sem descer da bike (isso ia levar um tempo!!) ele abriu os braços e me abraçou (!!!! suado feito um porco, com os cabelos grudados nos ombros e costas) e eu fiquei congelado. Elogiou a sutileza, alucinou com a idéia, perguntou de onde era e se tinha XL (!!!); respondi que era uma amiga que fazia e que era só mandar fazer. Dei meu email, mas ele nunca escreveu, deve ter esquecido...

Até eu chegar em Strawberry Fields, pra pegar o metrô, mais 3 pessoas gritaram pra mim "KALAKUTAAAA!"...

Ah, mudei de idéia e vou botar videozinho do mesmo jeito... só um pedacinho! Baixa o som pq ta alto e distorcido. Desculpa, mas eu não me aguentei e dancei enquanto gravava!!!

Monday, July 7, 2008

Mamma Afrika...







Depois eu prometo q escrevo sobre os shows!...

Sunday, July 6, 2008

CutUp Collective



Embora sofisticado, o método de trabalho é conceitualmente muito simples: clandestinamente, eles medem e retiram a imagem de um outdoor; em estúdio, picotam em tamanhos exatamente iguais e usam essas partes como pixels de uma nova imagem que transmita uma outra mensagem; devolvem para onde o outdoor estava ou misturam a um outro outdoor.

Esse é o trabalho do CutUp Collective, coletivo (blargh! ainda??) de artistas anônimos (ah, não!) de Hackney, em London (ae, Emi, Rá!). Não só com outdoor eles trabalham, tem vídeo e instalações, mas o trabalho de rua deles é que é o filé. No site tem um vídeo deles trabalhando, pra vocês entenderem melhor...

Friday, July 4, 2008

sem palavras...


In 1969, a 14-year-old Beatle fanatic named Jerry Levitan, armed with a reel-to-reel tape deck, snuck into John Lennon's hotel room in Toronto and convinced John to do an interview about peace. 38 years later, Jerry has produced a film about it. Using the original interview recording as the soundtrack, director Josh Raskin has woven a visual narrative which tenderly romances Lennon's every word in a cascading flood of multipronged animation. Raskin marries the terrifyingly genius pen work of James Braithwaite with masterful digital illustration by Alex Kurina, resulting in a spell-binding vessel for Lennon's boundless wit, and timeless message.

Wednesday, July 2, 2008

Meu cafofo!!!

É, galera, é com muito orgulho que eu apresento
meu muquifo aqui no Brooklyn!
Vai entrando! Não liga a bagunça!!

Come on everybody, everybody, come on!

pra quem não conhece Mandrill... isso dá uma idéia de como é o show... Pena que não encontrei um vídeo recente, mas é próximo disso... só o público hoje em dia que tem bem menos swing, infelizmente!
Ta achando que é paia? Se liga no site oficial dos caras que tem uma palhinha da gravação do show. Tem este mesmo som lá, compara!!

Tuesday, July 1, 2008

Mandrill e show do Jarad na mesma noite...



Domingo da semana passada foi o primeiro dia que sai de casa depois do capote da escadaria... mas para compensar foi em grande estilo! Emendei o show do Mandrill (que eu não sabia, seria também a minha despedida da Leca) e o show da banda do Jarad (The Dirty Boogaloo), já famoso por ser o cara que salvou a minha pele!

Sobre o Mandrill eu gostaria de fazer uma resenha decente, mas o tempo passou, esqueci muita coisa... fiquei muito atrasado com os afazeres dos cursos por causa do já ultra-citado incidente e perdí o timing... vou só dizer que vocês deviam ajoelhar toda noite e rezar para o papai do céu pedindo para nos iluminar e fazer esses velhinhos possuídos pelo capeta botarem o Brasil na lista da sua próxima turnê, pois o show é de uma energia que faz a Itaipú parecer uma bateria de fusca.

Mas uma coisa muito especial que aconteceu aqui e não aconteceria aí – Leca confirmará – foi a estica que os blaxsoulbrodas que prestigiaram ao show chegaram! Me arrependo muito de não ter ficado na frente fazendo fotos de um por um! Valeria tudo! Era um traje melhor que o outro!

Depois do show me despedi da Leca e corri para o show do Jarad. Já esperava tudo pelo que ele falou no dia fatídico, mas não que ele tocasse tão bem, que a sua banda fosse tão boa e nem que o show fosse tão engraçado! A banda continha parte do Sugarman 3 (o guitarrista era o mesmo) e caras que eram dos DapKings (o percussionista)... aí dá pra ter uma base.

Os números também eram sensacionais, a tal Mamma MargOH! é de chorar de tanto rir, pq é um cara que tenta muito pouco parecer uma mulher, você vê que é mais um palhaço vestido de mulher do que uma drag. O elenco era só drags e as Edibles, como eram chamadas as outras garotas "de verdade"! O público não ficava atrás; teve um momento que, depois de um número de bambolê, eles organizaram um concurso pra saber se alguém segurava o balanço. Sobe uma menina que era melhor que a artista que tinha ido se apresentar e a galera vai ao delírio! A Mamma MargOH! intima a pessoa para fazer parte do cast, pra ensinar a outra – todos riem loucamente – e Mamma pergunta se a outra concorrente (que ainda estava plantada no palco) gostaria de desistir, ela ia ganhar um pirulito do mesmo jeito (era o grande prêmio). Ela disse que jamais desistiria, que ela pelo menos ia se divertir no palco. Vocês já imaginaram o que aconteceu? Sim, ela era ainda melhor que a primeira concorrente, fez o diabo com o bambolê, deixou todo mundo de boca aberta! Eu nunca ví nada assim na minha vida, a pessoa devia acordar com o bambolê! E o mais insano é que claramente não era armado, todos estavam no chão de tanto rir, até os artistas da trupe... Eles são perfeitos, lembrei muito do TrixMix, acho que vou tentar fazer a ponte entre vocês!

O Jarad é o cara ao teclado, de boné, só para to give the name a face, como dizem aqui...

O swing e outras sacanagens...


Fui no Metropolitan semana passada mas paguei um puta mico: entrei 30 minutos antes de fechar... Saco, tinha ido para desenhar um pouco, pretendia passar horas. Mas sem problemas, tenho tempo para voltar e fazer isso de novo, várias vezes.

Mas mesmo antes de eu saber que era hora de fechar, instintivamente entrei na parte que mais me interessa neste momentos: a de desenhos e gravuras.

Muita coisa interessante, claro, mas eu vou falar só de um agora: Jean-Honoré Fragonard. Tem lá esta gravura acima. Mas antes um parênteses...

Pra quem não liga o nome a pessoa, Jean-Honoré Fragonard é um pintor e gravador francês do final do rococó (leia-se final do século XVIII, começo do XIX). É famoso pelo seu "hedonismo" – para não falar libertinagem. Uma das suas obras mais famosas é o "Swing", onde, num ambiente tomado de segundas intenções e mensagens subliminares (NUMAS, né?), uma jovem brinca num balanço com dois outros rapazes... Vale a pena ver, quem não conhece ou não lembra. É de rir de tão entupido de imagens com segundas intenções – com todo o respeito também, o cara é um mestre! É que hoje em dia qualquer um decifra o que ele queria dizer com aquilo tudo, mas para a época era arrojadíssimo! Mas eu acho mesmo o quadro incrível, em termos de composição e tudo mais. Mas não deixa de ser engraçado!...

Agora depois de situar, vamos voltar à gravura acima. Ela se chama "L'Armoire" ou para os íntimos, "O Armário". Dá claramente pra entender o porquê. Retrata o exato momento do flagrante que o pai e a mãe da garota dão no marmanjo escondido no armário! E pior, dá pra perceber que tudo acaba de acontecer (ou mesmo foi interrompido) pois a cama está desarrumada e... espere, o que segura o chapéu dele? qual das mãos? Não é nenhuma das mãos? No way!? É, minha gente, o cara fez isso mesmo. Ele botou o cara de barraca armada na gravura usando a arma do crime como mancebo... é de um grau de descaramento tão grande que parece uma charge – mas mesmo na época, era. Mas o que me faz ver tanta graça é o fato do ambiente e estética toda ser tão rococó, a teatralidade toda: a vergonha da garota, o pai com o sarrafo na mão numa pose tensa, o cachorro latindo, a sogra furiosa – se liga no movimento do vestido dela, como se tivesse uma tempestade só sobre ela – e oh, cara de dedo-duro que ela tem! E gente, o que esse galho faz em cima do armário?? Tá, deve ser lenha pra aquecer o quarto, mas jura que não tinha nenhum lugar melhor?

Mas o cara também é lasca, po, nem tirou a roupa! Mas também, né? Pra botar o tanto de roupa que ele ta usando de novo, nunca ia conseguir sair ileso daí... Torço pra que ele não tenha tido que casar com a moça, porque essa sogra ae, pensa bem?? No almoço de domingo???

Pássaros me mordam...


Eu já tinha falado de leve no álbum de fotos das aulas de projeto de silk sobre o trabalho do Jay Ryan. Totalmente por acaso, vasculhando outra coisa no Daily Serving (que por sinal acaba de botar uma nota sobre a exposição d'osgêmeos aqui em NYC), descubro que ele e a mulher tocam um studio chamado The Bird Machine. E pior, que alguns dos trabalhos que eu atribuí a ele, eram dela, Diana Sudyka. Pirei até mais no trabalho dela do que no dele, escrevi elogiando e dizendo que gostaria de comprar alguns. Ela foi super gente fina, explicou como comprar e até convidou pra conhecer o lugar onde eles trabalham em Chicago quando aparecesse por lá.
Só que na assinatura do email dela vem a url do blog que ela toca: The Tiny Aviary. Minha gente, sente só que insano o que esse casal faz "pra passar o tempo". A maior parte dos posts são dela, mas você percebe pelos texto que eles dois freqüentam semanalmente aviários para desenhar passarinhos.
Eu achei que por isso o studio chamava The Bird Machine, mas ela respondeu que não, que é por causa de uma obra do Leonardo Da Vinci... :^I